Visita de estudos para o Rio de Janeiro/RJ voltado para Saúde Mental 2024!
Visita de Estudos na Saúde Mental - Rio de Janeiro/RJ
Local: Rio de Janeiro/RJ
Data da viagem de estudos: 17 a 22 de junho de 2024
Cronograma: O programa vai ser dividido em visita a serviços de referência e inovadores no Rio de Janeiro, dois workshops sobre novas abordagens na saúde mental e participação no VII Congresso Novas Abordagens em Saúde Mental IPUB/UFRJ.
Introdução
Os trabalhos na região do Rio de Janeiro são diversificados e inovadores, proporcionando ampliação de conhecimento em saúde mental para estudantes e profissionais.
O objetivo da visita de estudos é permitir que vocês conheçam os serviços e projetos, discutam com seus organizadores e usuárias/usuários, e aprendam sobre o contexto e questões da saúde mental na região e no país, incluindo suas estratégias e políticas.
Uma lista provisória de serviços interessantes para visitar no Rio de Janeiro foi elaborada, mas pode ser ajustada de acordo com os interesses do grupo e disponibilidade dos serviços
A importância da Visita de Estudo Profissional
Se você está se questionando sobre qual seria a importância de se fazer uma visita de estudos profissional, é essencial ter em mente duas coisas:
1) A possibilidade de vivenciar a ida a uma cidade referência no que diz respeito ao tema da saúde mental;
2) Intercâmbio tanto profissional quanto cultural, em ambientes de puro aprendizado, adquirindo uma maior bagagem para a sua carreira.
A viagem de estudo vai auxiliar você a verificar como a saúde mental é tratada na cidade do Rio de Janeiro. Essa experiência possibilitará o crescimento profissional e pessoal, além de abrir reflexões sobre novas abordagens, permitindo enriquecer seu cotidiano de trabalho e de estudo.
Sobre a cidade do Rio de Janeiro/RJ
A cidade do Rio de Janeiro é uma das mais importantes cidades do Brasil, com um rico patrimônio cultural e natural, incluindo a famosa Praia de Copacabana e o Pão de Açúcar. Além de sua riqueza turística, a cidade é conhecida por sua diversidade e complexidade social.
No que diz respeito à saúde mental, a cidade do Rio de Janeiro tem uma longa história de políticas públicas voltadas para este setor. Nos últimos anos, houve uma importante mudança no enfoque dessas políticas, com uma maior ênfase na saúde mental comunitária e na desinstitucionalização de serviços de saúde mental. Isso resultou em novos modelos de atendimento, incluindo projetos inovadores como o Instituto Nise da Silveira, o IPUB e a Colônia Juliano Moreira, que oferecem um atendimento integrado e humanizado aos pacientes.
Além disso, a cidade do Rio de Janeiro tem uma ampla gama de serviços públicos de saúde mental, incluindo CAPS, CAPSi, CAPSad e serviços ambulatoriais. Esses serviços são fornecidos por profissionais altamente capacitados e trabalham em estreita colaboração com a comunidade para oferecer um atendimento personalizado e eficaz.
Em resumo, a cidade do Rio de Janeiro tem uma sólida tradição de políticas públicas voltadas para a saúde mental e oferece uma ampla gama de serviços de saúde mental para atender às necessidades da população. Com sua riqueza cultural e natural, a cidade é um local ideal para estudar e aprender sobre as questões e políticas relacionadas à saúde mental."
Programa
Os Possíveis serviços e projetos a serem visitados:
1- Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira - https://www.facebook.com/imnisedasilveira/?locale=pt_BR
O Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira (IMASNS), unidade da Secretaria Municipal de Saúde do RJ, é uma instituição de saúde mental com forte herança histórica no tratamento da loucura. Um dos exemplos mais conhecidos é o trabalho desenvolvido pela Dra. Nise da Silveira, a partir da década de 1940.
Hoje homenageada no nome da instituição, a “psiquiatra rebelde”, não aceitou os tratamentos agressivos de sua época – reclusão, eletrochoques, lobotomias. Nise abriu caminho para que outros personagens, também importantes, fizessem do Instituto um importante polo disseminador das ideias que consolidaram o Movimento da Luta Antimanicomial.
A partir da municipalização, no ano 2000, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental, o IMASNS iniciou a desconstrução do seu aparato manicomial. Tendo como base as ações de desinstitucionalização, o Instituto promoveu a saída de vários serviços assistenciais para o território (Emergência Psiquiátrica e Centros de Atenção Psicossocial), assim como estimulou a ocupação do espaço da unidade com projetos culturais, sociais e de geração de renda que ampliam os limites da assistência e envolvem usuários, técnicos e comunidade.
2- Museu de Imagens do Inconsciente - https://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/
Criado como um centro de estudo e pesquisa o Museu de Imagens do Inconsciente cuida e divulga um importante patrimônio da humanidade, mantendo sempre as portas abertas a pesquisadores e ao público em geral. Seus Ateliês Terapêuticos recebem diariamente frequentadores que criam novos documentos plásticos e compartilham suas experiências no convívio com estudantes, pesquisadores ou visitantes.
A produção desses ateliês resulta em obras de arte que revelam as riquezas interiores do ser humano, contribuindo para a mudança dos paradigmas estigmatizantes sobre os portadores de transtornos psíquicos.
A Reserva Técnica do museu guarda, organiza e conserva esta produção, reunida num acervo com mais de 400 mil obras entre telas, papéis, modelagens, textos e poemas. Além das exposições internas e externas, o Museu realiza publicações e documentários, cursos, palestras e debates. Oferece um Grupo de Estudos sobre temas ligados ao acervo e aos ateliês, cujas reuniões são abertas a todos os interessados.
3- Projeto Loucura Suburbana - https://www.loucurasuburbana.org/
Criado em 2001, como parte do processo de desconstrução do modelo asilar do Instituto Municipal Nise da Silveira, o Bloco Carnavalesco Loucura Suburbana rompe os muros do hospício e resgata o carnaval de rua do Engenho de Dentro, reunindo usuários, familiares e funcionários da rede de saúde mental, além de moradores do bairro e adjacências, criando um movimento de integração com a comunidade, tendo como motivação a maior festa popular brasileira.
Desde então, abre o carnaval do bairro, arrastando foliões contribuindo para transformar o preconceito contra a loucura em admiração, respeito e desejo de integrar-se. Em 2010 constituiu-se no primeiro Ponto de Cultura em saúde mental da cidade do Rio de Janeiro, com apoio da SEC/RJ: ‘Ponto de Cultura Loucura Suburbana: Engenho, Arte e Folia’, passando a oferecer atividades permanentes abertas à população, gratuitas, que resgatam a memória do samba e do carnaval, a cidadania, incorporando a cultura aos dispositivos de saúde mental e a população ao criativo e inovador mundo da loucura.
4- Colônia Juliano Moreira
A partir de 1920, foram construídas as edificações do Núcleo Psiquiátrico da Colônia Juliano Moreira (até então denominada Colônia de Psicopatas de Jacarepaguá).
Já na década de 1930, com as reformulações da Colônia e a construção de novas unidades, o sítio da Colônia Juliano Moreira apresenta uma série de registros contemporâneos à época de funcionamento do engenho de açúcar, dos anos setecentistas, o que o torna um importante fragmento comprobatório da evolução urbana da cidade e da história deste ciclo econômico.
No dia 27 de outubro de 2022, um fato histórico marcou a luta pelo direito à saúde no Brasil. Foi definitivamente encerrada a Colônia Juliano Moreira, hospício e manicômio que começou a ser construído em 1919, onde milhares de brasileiros e brasileiras foram atirados para dali nunca mais saírem em condições dignas.
5- Museu Bispo do Rosário - https://museubispodorosario.com/
O Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea está situado no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, centro de saúde mental conhecido como “Colônia”. Localizado na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O museu é responsável pela preservação, conservação e difusão da obra de Arthur Bispo do Rosário – um dos expoentes da arte contemporânea, de reconhecimento nacional e internacional. Além disso, o museu desenvolve suas ações através de 3 eixos fundamentais: Acervo, Exposições e o Polo Experimental.
Nas suas quatro galerias, no prédio sede da Colônia, e no Polo Experimental – espaço dedicado às atividades de educação, o mBrac apresenta mostras e exposições, e oferece uma série de programas educativos voltados para todas as idades, gratuitamente.
Responsável por preservar e difundir a memória da Colônia Juliano Moreira, o Museu conta com um importante acervo documental, disponível para o acesso à pesquisadores e historiadores.
6- Programa de Geração de Renda – Projeto Bistrô do Bipo & Loja B - https://museubispodorosario.com/programa-de-geracao-de-trabalho-e-renda/
O Programa de Geração de Renda produz para dois estabelecimentos que são vinculados ao Museu: O Bistrô do Bispo e a Loja B. No restaurante Bistrô do Bispo, o cardápio é elaborado com elementos típicos da culinária brasileira e a utilização de insumos naturais e saudáveis.
Os participantes da oficina de culinária são envolvidos nos processos de compra de insumos, produção de alimentos, vendas e atendimento ao público no Bistrô do Bispo. Também dentro da lógica da economia solidária o Museu criou a Loja B, um estabelecimento de souvenires e café que disponibiliza os produtos criados nas oficinas, visando fortalecer os laços com os produtores locais e produzir belas peças os visitantes.
7- Instituto Municipal Philippe Pinel (IMPP)
O Instituto Philippe Pinel é um hospital psiquiátrico localizado no bairro de Botafogo na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Teve suas origens no Hospício Pedro II, e foi fundado em 13 de janeiro de 1937, com o nome de Instituto de Neurossífilis.
Em 1965, foi rebatizado como o Hospital Pinel, em homenagem ao renomado estudioso de psiquiatria Philippe Pinel. Em 1994, obteve seu nome atual. O hospital é tão famoso no Rio de Janeiro que a palavra pinel entrou no vocabulário popular como sinônimo de “louco”.
O IMPP ao longo dos últimos vinte anos, veio desenvolvendo diversas oficinas e espaços coletivo de troca, formação, arte, cultura, empregabilidade e geração de renda. Desde então, as oficinas terapêuticas, as ações de geração de renda e a Inclusão Social pelo Trabalho, se apresentam como novas ferramentas para a Reabilitação Psicossocial de pessoas em sofrimento mental. Este trabalho já era realizado pelos grandes Institutos no RJ e vem sendo ampliado a cada novo CAPS implantado.
8- Projeto Papel Pinel - http://www.papelpinel.com.br/blog/?page_id=42
O Papel Pinel é uma fábrica terapêutica situada no Ambulatório do Instituto Municipal Philippe Pinel, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Como um grupo de usuários da Saúde Mental, o Papel Pinel produz papel artesanal que se transforma em cadernos, blocos e cartões, todos personalizados com ilustrações ou colagens dos artistas do Projeto, que com originalidade e bom gosto também criam camisetas, bolsas, mochilas, ecobags e logomarcas originais.
Desta forma, nossos usuários encontram a possibilidade de refazer percursos interrompidos, resgatando o direito ao trabalho, cidadania e inclusão social. Nosso lema é: “Recicle Ideias, Jogue Fora Preconceitos!”.
9- Tá Pirando, Pirado, Pirou -
https://www.instagram.com/tapirandopiradopirou/
O Tá Pirando, Pirado, Pirou! foi fundado em dezembro de 2004, pegando carona no movimento cultural de revitalização do carnaval de rua do Rio.
Naquele ano, Gilson Secundino, um folião inquieto do Instituto Municipal Philippe Pinel afirmou: “Não vamos fazer carnaval só pra quem tá aqui dentro e já pirou, vamos pra rua brincar com quem tá pirando... Tá pirando, pirado, pirou! Tá tudo mundo junto”.
Estava batizado o bloco e foram abertos os trabalhos. Logo, no carnaval de 2005, uma ala de pirados muito ousados desfilou pelas ruas da cidade, botando pra fora as suas fantasias. Todo bom doido da cabeça sabe que, desde 2005, o Coletivo Carnavalesco Tá Pirando, Pirado, Pirou! abre alas pra loucura no carnaval do Rio.
Formado por usuários e profissionais da rede pública de saúde mental do Rio de Janeiro, a proposta do coletivo é integrar as artes carnavalescas e a saúde mental. O desfile acontece na Av. Pasteur (Urca) – endereço que abrigou o Hospício Pedro II, o primeiro da América Latina –, sempre no domingo que antecede o carnaval. Dessa forma, o Tá Pirando, Pirado, Pirou! segue tomando arte como instrumento potente para ressignificar a loucura na sociedade.
Cada vez mais a gente se aproxima dos nossos objetivos de ampliar e fortalecer essas atividades que estimulam a inclusão de diversas pessoas da rede da saúde mental da capital carioca na cultura do carnaval.
10- Cancioneiros do IPUB -
https://www.instagram.com/cancioneirosdoipub/
Primeiro grupo musical brasileiro formado por pacientes-compositores usuários dos serviços de saúde mental do Instituto de Psiquiatria da UFRJ.
O projeto “Cancioneiros do IPUB” surgiu em 1996 a partir de uma pesquisa sobre as composições trazidas pelos usuários nos atendimentos de musicoterapia no Instituto de Psiquiatria da UFRJ/IPUB.
O Projeto que deu origem ao grupo “Cancioneiros do IPUB”, que é formado por usuárias e usuários e técnicos do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, com habilidades específicas em compor, tocar e cantar.
O projeto tem participação de profissionais de diversas áreas, alunos e voluntários. Desde sua criação, os Cancioneiros do IPUB vêm se estruturando técnica e materialmente (através de recursos próprios, da instituição e projetos como PROART e doações) para melhor atender aos usuários e profissionais buscando ampliar suas possibilidades.
11- Grupo de Teatro do Oprimido Pirei na Cenna - https://www.facebook.com/GTOPireiNaCenna/
Pirei na Cenna é um grupo de Teatro do Oprimido, que completa nestes anos de 2023, 26 anos de existência na luta pela implementação da Reforma Psiquiatrica, na tentativa de reverter ou minimizar o processo de discriminação e exclusão dos usuários de Saúde Mental.
Criado em 7 de agosto de 1997, pela Psicopedagoga Claudia Simone dos Santos Oliveira, no Hospital Psiquiátrico Jurujuba, em Niterói / Rio de Janeiro, foi no Teatro do Oprimido que encontro um forte aliado para a inserção da linguagem cênica na “loucura”, contribuindo para a desmistificação desta, ampliando as formas de abordagens e tratamento, buscando a transformação da representação cultural da saúde mental.
O grupo, em sua trajetória, tem em sua formação profissionais e usuários de saúde mental e seus familiares.
Na teoria e prática do Teatro do Oprimido encontramos alguns conceitos e provocações que nos levaram a encarar de frente esse desafio entre eles uma possibilidade levantada por Augusto Boal: “Sem nenhuma certeza, é certo, mas com esperança bem fundada. Se o ator pode ficar doente, o doente pode ficar ator.”
O que podemos vivenciar nestes anos de existência do grupo Pirei na Cenna, reforçando na pratica o preceito “Cuidar Sim, excluir não!”.
12- Casa Tuxi Hotel Rio de Janeiro - https://casatuxi.negocio.site/?m=true
“De gênio e louco, todo mundo tem um pouco”, já dizia o escritor Augusto Cury. E a prova disso é a história dessa pousada boutique que fica no coração de Botafogo, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, a Casa Tuxi. Criada em 2015 por Fernanda Tuxi, a casa surgiu em homenagem a sua avó, paciente psiquiátrica que ao receber alta não conseguiu se inserir novamente no mercado de trabalho, vindo a suicidar-se. Para que a história não se repetisse com outras pessoas, Fernanda batizou a hospedagem em homenagem a avó e contrata somente pacientes psiquiátricos em tratamento, alguns seus amigos pessoais do tempo em que ela mesma ficou internada. Fernanda sofre do Transtorno de personalidade limítrofe, ou “Transtorno de borderline” e faz a medicação constantemente em prol do seu trabalho.
Trabalho esse que faz com muito zelo. Tudo na casa Tuxi foi pensado e idealizado por ela que vive ligada no 220 volts. Desde a obra até os detalhes dos quartos com material reciclado encontrados nos lixos da cidade que compõe a decoração do ambiente. Ela pinta, coordenou a equipe de engenharia e arquitetura, produziu as fotos, aprendeu a fazer comida e drinks para servir no bar e restaurante da pousada e incansavelmente ficou à frente do projeto todos esses anos.
Os funcionários são usuárias e usuários de serviços de saúde mental e que estão em tratamento. Ao chegarem são capacitados e treinados para lidarem com os trâmites da pousada que funciona como qualquer outra hospedagem. Os que trabalham aqui são os que possuem diagnóstico de bipolaridade, ansiedade e depressão, cujo trabalho significa uma nova etapa para suas vidas.
A pousada é composta de 14 suítes, sendo 8 suítes duplas, 3 triplas, 2 quádruplas e 1 quíntupla. Embora muita gente confunda com hostel, eles não fazem uso de quarto compartilhado. Fecham somente para grupos de amigos ou familiares. Por exemplo: um grupo de meninas que queira fazer uma despedida de solteira consegue alugar o quarto para 5 pessoas e curtir tanto a área externa quanto um quarto só para elas. Todas as suítes possuem televisão, ar condicionado, banheiro privativo e ammennities (shampoo, condicionador e sabonete) e toalhas de banho.
A pousada também opera com bar e restaurante abertos ao público que funcionam até 22h com café da manhã para não hóspedes (R$25 por pessoa de 7h às 10h), entradas e petiscos, pratos principais, pizzas, drinks clássicos e autorais e garrafas de vinho.
Durante a noite:
- Bate-papo com pessoas da região e participação nos eventos tradicionais de networking nos bares cariocas.
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1- Oficina de Sensibilização: Discutindo Gêneros, Sexualidades no Cuidado em Saúde Mental” – Coordenador: Dr. Enf° Claudio Gruber Mann
Esta Oficina tem como objetivo principal apresentar formas de abordagem das questões de gêneros e sexualidades que podem ser utilizadas para facilitarem a discussão dos temas no campo da Saúde Mental, através de exercícios e técnicas criados e adaptados do Teatro do Oprimido.
A “Oficina de Sensibilização: Discutindo Gêneros, Sexualidades no Cuidado em Saúde Mental” tem como objetivo sensibilizar os profissionais de saúde e saúde mental sobre questões relacionadas a gêneros e sexualidades, a fim de melhorar o atendimento à população LGBTQIA+ e promover a igualdade de gênero e a diversidade sexual. A justificativa para a realização da oficina é que muitos profissionais da saúde ainda possuem preconceitos e desconhecimento sobre gêneros e sexualidades, o que pode afetar negativamente o atendimento a essas pessoas. Além disso, é importante destacar que a saúde mental delas e deles também está diretamente ligada à forma como são tratades e compreendides por profissionais da saúde.
Esta atividade é destinada a profissionais que trabalhem nos diversos dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial e demais pessoas interessadas na temática, auxiliando na construção de um olhar e uma escuta diferenciados sobre essas questões.
Os exercícios e técnicas que serão apresentados podem ser utilizados com outros profissionais do serviço, com usuárias e usuários e familiares destes, no intuito de tornar a discussão em torno dos temas gêneros e sexualidades mais leve, mais lúdica e o mais natural possível, quebrando tabus e preconceitos.
Nesta Oficina as participantes e os participantes poderão, além de vivenciarem as dinâmicas apresentadas, utilizá-las junto com seus pares e no dia-a-dia de reuniões e oficinas com usuárias e usuários e seus familiares, abrindo um novo canal para o diálogo na abordagem das temáticas gêneros e sexualidades e discutir a subjetividade que permeia estas temáticas de forma objetiva.
Facilitador do Programa: Claudio Mann
Currículo: Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela EEAN/UFRJ (1995), Doutorado em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ (2017) e Mestrado em Enfermagem pela EEAN/UFRJ (1997). Especialização em Saúde Mental realizada no IPUB/UFRJ (1998) e Especialização em Gênero & Sexualidade realizada no Instituto de Medicina Social (IMS) da UERJ (2011). Acumula experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde Mental e prevenção e assistência das IST/AIDS, atuando principalmente com os seguintes temas: sexualidade, gênero, saúde mental, prevenção das IST/AIDS, estigma e pesquisa qualitativa.
2 - Workshop Introdução a abordagem Ouvir Vozes
Ouvir vozes angustiantes é uma das experiências mais comuns de pessoas com um transtorno psicótico. Pesquisas mostram que muitas pessoas continuam a ouvir vozes mesmo após o uso prolongado de medicamentos.
Como consequência, essas pessoas geralmente vivem vidas de baixa qualidade e alto perigo. Nas últimas duas décadas, ouvidores de vozes de todo o mundo, trabalhando com parceiros que compreenderam suas experiências, se organizaram para reunir ideias e estratégias e então criar respostas mais eficazes a essas dificuldades.
Este workshop foi elaborado para levar essas ideias e estratégias para já praticantes, para profissionais da saúde, ouvidores de vozes, familiares e amigos. Busca-se fazer com que o aluno do curso possa entender melhor a experiência de ouvir vozes e quais intervenções podem ser usadas para permitir que o ouvinte assuma o controle de sua experiência.
Objetivos do workshop:
• Uma introdução à história e importância do Movimento dos Ouvidores de Vozes (vídeo de Marius Romme, Sandra Escher e outras figuras importantes do Movimento)
• Uma nova compreensão a respeito da experiência de ouvir vozes e o impacto que ela tem sobre os ouvintes (incluindo exercícios de simulação).
• Uma nova compreensão a respeito de diferentes estratégias de enfrentamento em relação a essa experiência e sua utilidade em períodos de curto, médio e longo prazo
• Uma introdução a respeito de como usar o perfil das vozes de maneira a explora-las e entende-las junto com a pessoa que as ouve.
• Conhecimentos sobre as ferramentas disponíveis para trabalhar com as vozes da pessoa, e também confiança em usá-las.
PARTICIPAÇÃO NO VIi Congresso Novas Abordagens em Saúde Mental - IPUB/UFRJ
O VII Congresso Internacional: Novas Abordagens em Saúde Mental - IPUB/UFRJ, tem por objetivo promover um espaço de debates e trocas de experiências entre pessoas e organizações que vêm construindo novas práticas em saúde mental, visando o desenvolvimento da qualidade dos serviços em articulação com a comunidade.
A idealização desse Congresso advém de articulações entre profissionais de saúde, professores, do CENAT (Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas), da IMHCN (International Mental Health Collaboration Network), professores do IPUB/UFRJ, usuários e familiares.
Dias: 21 e 22 de junho - IPUB/UFRJ
Depoimentos de participantes Visita de Estudos para Manchester:
"Então, eu recomendaria o CENAT para as pessoas tipo 11 em uma escala de 0 a 10. A experiência guiada por vocês foi excelente e percebi que foi feita com cuidado. Essa conexão entre culturas que o CENAT proporciona é uma fonte de riqueza para a saúde mental, pois dessa forma podemos compartilhar e aprender novas formas de cuidado. O que ficou muito claro para mim nesses dias em Manchester foi que todo país tem algo para contribuir com o outro e precisamos aproximar essas informações!" Melany - Salvador. Clique aqui para ouvir o depoimento
"Disponibilidade e abertura de Paul; Diversidade dos serviços/tipos de locais visitados; Localização do nosso hotel; Perfil dos participantes do programa, com interesses e formação convergentes; Resolutividade e disponibilidade da equipe CENAT" Marcela - Belo Horizonte
Informações sobre a visita de estudos
SERVIÇOS INCLUSOS NO PACOTE:
- Visitas e workshop;
- Palestras;
- Transporte entre as visitas;
- 1 kit viagem por pessoa contendo: 1 ecobag e caderno de anotação;
- 1 manual de viagem online com as informações sobre o dia-a-dia da viagem;
- Facilitador Claudio Mann acompanhando o grupo nas atividades;
- Inscrição no VII Congresso Novas Abordagens em Saúde Mental IPUB/UFRJ.
- Certificado Internacional de participação na Viagem de Estudo Rio de Janeiro. Carga horária de 88 horas;
SERVIÇOS NÃO INCLUSOS:
- Hospedagem;
- Alimentação;
- Passagens aéreas;
- Seguro Viagem;
- As vagas são limitadas, no máximo, para 15 pessoas no grupo;Turismo:
A semana terá como foco as visitas, as palestras e o workshop relacionados a saúde mental. Mas teremos um dia para conhecer melhor a cidade de Rio de Janeiro. Também podemos indicar ótimos lugares para serem visitados antes ou depois do programa.
Data da viagem de estudos: 17 de a 22 de junho de 2024INVESTIMENTO:
VISITAS + PALESTRAS + WORKSHOP + INSCRIÇÃO NO CONGRESSO + TRANSPORTE INTERNO ENTRE AS VISITAS
R$ 1.600,00
O valor pode ser dividido no boleto!Observações importantes:
- Todas as visitas dependem de confirmação e poderão sofrer alterações, ou inversões, conforme necessidades operacionais e os interesses dos participantes.
- O roteiro final com todos os detalhes e confirmações será enviado por e-mail duas semanas antes do embarque.
- A lista de serviços pode ser modificada de acordo com os interesses específicos do grupo de participantes.
Como você pode fazer parte disso?
Ficou interessado em fazer parte do segundo grupo da visita de estudos. Tudo o que você precisa fazer agora é preencher formulário ao lado para aplicar para o intercâmbio.
Passo 1: Preencha o formulário de cadastro e aproveite a abertura desta turma. Temos apenas 20 vagas.
Passo 2: Você receberá uma ligação para fazer uma curta entrevista.
IMPORTANTE
O objetivo dessa ligação é identificar se essa viagem é o ideal para você e se você é a pessoa ideal para essa oportunidade. Fique atento ao seu telefone e revise o número que você colocar na aplicação.
Dúvidas só enviar email: processoseletivo@cenatcursos.com.br ou (12)99185-1221
Preencha o formulário para aplicar para o intercâmbio
Basta preencher o formulário abaixo